As normas internacionais do trabalho devem ser resguardadas e promovidas se queremos que o mundo se recupere da crise econômica e do emprego, advertiu o novo Diretor Geral da Organização Internacional do Trabalho, Guy Ryder.
Em sua primeira entrevista desde que assumiu a direção da OIT, Ryder reconheceu que a prioridade para os desempregados é encontrar um trabalho, mas acrescentou que a qualidade do emprego também é uma questão crucial, não somente para os indivíduos mas também para a economia mundial: "Os direitos no trabalho são indispensáveis para a recuperação.
Penso que não devemos deixar-nos guiar pela convicção de que criar mais empregos significa renunciar às normas internacionais do trabalho".
Segundo Ryder, estatísticas mostram que a metade dos lares pobres da Europa depende de somente um trabalhador assalariado na família. Isto, declarou, enfatiza a importância de criar mais empregos de boa qualidade: "As normas estabelecem as regras do jogo da economia mundial e constituem uma parte muito importante da saída desta crise".
Com 200 milhões de pessoas desempregadas no mundo, as políticas nacionais e internacionais, afirmou Ryder, devem concentrar-se na criação de emprego como objetivo prioritário ao enfrentar a crise econômica mundial. Mas as soluções para a crise devem ser negociadas e acordadas como parte do processo de diálogo social. Segundo o Diretor Geral da OIT, as pessoas estão muito mais propensas a encontrar soluções para os seus problemas se elas participam da busca ao invés de seguir a decisão dos outros.
"Esta crise deve ser enfrentada na escala em que se apresenta: em nível global. Devemos desenvolver soluções globais. Ao final das contas, não haverá soluções sustentáveis a uma crise mundial", acrescentou.
Emprego juvenilRyder falou também sobre a situação do desemprego juvenil e disse que os jovens devem receber atenção especial a fim de melhorar a crise mundial do desemprego juvenil. Atualmente, 75 milhões de jovens estão sem trabalho no mundo: "A evidência demonstra que se um jovem permanece sem emprego por um ano ou mais ao começo de sua carreira, isso o afetará ao longo de toda a sua vida profissional. Para a maioria destes jovens não existe volta. De maneira que devemos atuar com urgência”. Com informações da Assessoria de Imprensa da OIT Brasil.
Revista Consultor Jurídico, 1º de outubro de 2012
Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.
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